quarta-feira, 1 de julho de 2015

De olho nos comitês: Água e energia

Ao fim da tarde de ontem, a agenda do Comitê de Água e Energia foi aprovada com os seguintes temas: desafios de se manter a economia sem prejudicar o meio ambiente; desenvolvimento e intercâmbio de tecnologia de ponta para obtenção de energias limpas; transferência de energia dos países desenvolvidos para os subdesenvolvidos; o que deve ser feito para preservar os recursos hídricos e reduzir os contaminantes da água; diversificação das fontes de recursos hídricos. 
Hoje (30), foram discutidas propostas para a preservação da água e redução de poluentes. A maioria das delegações mostrou-se a favor de qualquer medida que possa ajudar na economia da água e na diminuição dos contaminantes. Para evitar o desperdício, a China propôs a convergência entre as nações de maneira que ocorra a utilização da osmose reversa, método presente na Rússia. Essa discussão foi interrompida pelo surgimento de uma crise. 
A crise retrata o desejo da Argentina por uma divisão da energia produzida na Usina de Itaipu, que atualmente é dividida entre Brasil e Paraguai, baseado no argumento de que a Bacia do Paraná pertence à Bacia do Prata, que é considerada um recurso hidrográfico do MERCOSUL. Com a recusa por parte do Brasil e do Paraguai em haver essa partilha, a Argentina ameaçou se retirar do bloco econômico, o que causaria um possível rompimento da rede econômica dos países sul americanos com os demais blocos mundiais. 
A discussão estava claramente dividida entre dois blocos: a favor da divisão da energia, composto por EUA e Reino Unido – baseados no argumento que seria mais viável utilizar de um meio territorial mais próximo e economicamente mais barato que optar pela transferência por países mais distantes; contra a partilha, composto por Brasil, França e China – fundamentados na proposta da França de haver a desistência temporária da Argentina, já que o Brasil passa por uma crise energética. Além disso, a delegação francesa utiliza o argumento de que a região Noroeste do território argentino é favorável para a produção de energia solar, que poderia abastecer todo o país sem a Usina de Itaipu.
  



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